21/09/2017

Deputados e juízes apelam para TSE não fechar zonas eleitorais no Nordeste

REZONEAMENTO ELEITORAL
O coordenador da bancada do Nordeste, deputado federal Júlio César (PSD), solicitou audiência com o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, para apelar pela reversão da resolução que fecha 600 zonas eleitorais no país. Ontem, a bancada do Nordeste se reuniu com os representantes dos juízes de todos os estados nordestinos analisando a situação.
Segundo um levantamento, no Nordeste todas as cidades com menos de 17 mil eleitores terão os cartórios eleitorais fechados. Seriam extintas 117 zonas eleitorais na região, sendo que o Piauí perde 24 zonas, Pernambuco 26, a Bahia 16, Ceará 14, Alagoas 13, Paraíba 9, Sergipe e Rio Grande do Norte cada um perde 6 zonas eleitorais e o Maranhão 3.
O motivo para a extinção destas zonas seria  a economicidade. O deputado Júlio César disse que a economia com o fechamento é irrelevante para o tamanho da função social do funcionamento dos cartórios. De acordo com ele, a economia será de menos de 1% para os gastos do TSE.
“Somos contra, porque fizemos essa avaliação sobre a economia. O Paraná é estado que mais vai fechar zonas, e pelo orçamento do TRE do Paraná a economia será de 0,65%, o que é irrelevante. Acho até que deveria ter mais zonas eleitorais para facilitar a vida do povo brasileiro. O ideal seria manter ou aumentar o número. Não aceitamos que o fechamento das zonas eleitorais no Piauí, no Nordeste e no país”, assinalou Júlio César.
 O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira, presente na reunião concordou em levar as considerações para o presidente do TSE  e reforçar o apelo para que ele reverta a decisão de fechar as 600 zonas eleitorais no Brasil, o que representa 15% do total.
“As zonas eleitorais estão muito ligadas a idéia de cidadania e da aproximação da justiça com o povo. Quando se retira um juiz de uma pequena cidade, tira uma parcela do estado dali. E isso tem um impacto na vida da comunidade, além de tudo de útil que servia ao povo, que já sacrificado e dificulta para tira o titulo de eleitor ou para votar. Além disso, não tem juiz e promotor para fiscalizar o processo o ano todo”, finalizou Jayme de Oliveira.

Isolda Monteiro

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