24/08/2018

Rede social não garante que o cirurgião é qualificado

SAÚDE
 Davis Barbosa, explica que através do site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é possível ter informações seguras sobre o cirurgião

A decisão de fazer uma cirurgia plástica quer muitos cuidados e atenção, a escolha do médico é fundamental para garantir a segurança do paciente. Além disso, os cuidados pré-operatórios devem ser respeitados rigorosamente.

Com tantos casos de mortes em procedimentos estéticos clandestinos, envolvendo falsos médicos, o cirurgião plástico Davis Barbosa faz um alerta às pacientes sobre a questão da segurança necessária nessas intervenções. Até o momento, três mulheres que se submeteram a procedimentos estéticos com pessoas não qualificadas ou com uso de substâncias nocivas à saúde, como silicone industrial e metacrilato (PMMA), morreram no mês de julho, no Rio de Janeiro: a bancária Lílian Calixto, a modelo Mayara Silva dos Santos e a professora Adriana Ferreira Pinto.

“Estas mortes serviram como um alerta para que as pessoas entendam a  periculosidade que é o exercício da cirurgia plástica por profissionais não qualificados”. Davis destaca que, como ocorre com qualquer intervenção médica, a cirurgia plástica precisa de medicação e de tratamento adequados e deve ser realizada “por necessidade e não por modismo”.

A decisão de fazer uma cirurgia plástica quer muitos cuidados e atenção, a escolha do médico é fundamental para garantir a segurança do paciente. Além disso, os cuidados pré-operatórios devem ser respeitados rigorosamente.

“Além de indicações de suas amigas e de outros médicos, busque informações sobre a formação do cirurgião, cheque se o profissional tem registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP - www2.cirurgiaplastica.org.br), única entidade no Brasil que pode certificar médicos na área, atestando que cumpriram dois anos de residência em cirurgia geral e mais três na plástica.

É um erro buscar referências de médicos nas redes sociais, no site da SBCP, é possível verificar se a pessoa que se apresenta como médico é cadastrado pela entidade e é especialista em cirurgia plástica”, frisa o médico. Davis lembra também que o lugar onde será feita a cirurgia determina o nível de risco, o ambiente precisa ter todas as licenças sanitárias e estar preparado para eventuais ocorrências que possam advir de um determinado tratamento médico. “Esses locais devem ser hospitais e clínicas médicas devidamente preparadas para a realização desses procedimentos Hospitais oferecem mais segurança do que clínicas”.

Além disso, quem vai colocar próteses de silicone, deve estar atento a marca do produto. “O ideal é pesquisar o site do fabricante, verificar se é certificado pela Anvisa e ainda procurar saber onde a marca atua, no mercado europeu ou americano, busque o histórico da empresa para checar se há bons antecedentes” frisou o médico.

Seguir as orientações médicas depois da cirurgia também é parte importante do processo. As recomendações sobre repouso, atividade física, exposição ao sol, direção de veículos, alimentação e uso da medicação e de cintas cirúrgicas também são critérios de segurança. Deixar de fazer o que o médico recomenda abre portas para o surgimento de infecções, manchas, aderências, fibroses e problemas de cicatrização.


Maria Luiza Barreto

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