17/10/2018

Psicóloga orienta mulheres sobre como lidar com a mastectomia


Na década de 90 surgiu o movimento conhecido como Outubro Rosa, visando o estímulo da participação da população no controle do câncer de mama. Desde então, o Outubro Rosa é lembrado com o intuito de compartilhar informações sobre o câncer de mama, ampliar a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. No Brasil, estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. 
Durante o tratamento, muitas pacientes optam por realizar a mastectomia, que consiste na retirada cirúrgica de toda a mama, o pós-operatório desse procedimento pode provocar vários sentimentos nas mulheres, o que eleva ainda mais a importância do acompanhamento psicológico durante todo o tratamento da enfermidade.
Pensando nisso, a psicóloga do Hapvida Saúde, Alana Campelo, destaca que a forma como a mulher vai responder ao processo de mastectomia é muito individual e pode estar relacionado à diversos fatores, como idade, estado emocional, situação econômica. "Porém, no momento que a mulher decide fazer a cirurgia, observa-se uma busca por resolver rapidamente seu problema, dessa forma é até um ato reconfortante, porque a mulher acredita estar colocando limites nessa enfermidade, e que essa remoção cirúrgica do tumor e as consequências do tratamento trazem segurança no sentido de não ter mais que se preocupar com a doença, porém o alívio provocado por essa etapa tem um fim num período muito curto de tempo", destaca.
Alana também ressalta que o acompanhamento psicológico auxilia a paciente no enfrentamento dessa etapa de luto pelas perdas ocasionadas pela mastectomia, ajudando-a a ter equilíbrio emocional. "O seio feminino sempre foi uma parte do corpo muito valorizada, remetendo à valores como feminilidade e fertilidade, diante disso, imagine o quanto pode ser difícil para uma mulher perder a mama e o quanto isso pode gerar problemas de aceitação no corpo e autoestima", explica.

Para ajudar a se manterem confortáveis, a especialista complementa que, muitas mulheres tem optado por uma cirurgia plástica para reconstruir a mama. "Essa reconstrução pode representar a preservação da autoimagem da mulher, uma melhor qualidade de vida, e portanto, um processo de reabilitação menos traumático, lembrando que todo esse processo de descoberta do câncer, a duração desse processo, as cirurgias, é muito importante o acompanhamento psicológico, pois é ele que vai equilibrar esse estado emocional, fazendo com que essa mulher possa passar por todas estas etapas de maneira mais tranquila, não tão dolorosa", sintetiza a psicóloga.

AI COMUNICAÇÃO

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