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Foi julgado e condenado a 12 anos de reclusão o empresário Elano Barroso de Oliveira, acusado de ser o mandante da morte do ex-prefeito do município de Domingos Mourão, Aluiz Ferreira Viana. A sentença foi lida por volta das 18h30 desta terça-feira (10), pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Piripiri, Luciana Cláudia Medeiros de Souza, após quase 10 horas de julgamento.
O réu Elano Barroso era acusado de ser o mandante do crime que vitimou o ex-prefeito Aluiz Viana, morto a tiros no dia 24 de setembro de 2005, segundo denúncia do Ministério Público. Apesar da condenação, ele poderá responder em liberdade e recorrer ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI) já que a obrigatoriedade de prisão é somente em caso de ser condenação em segunda instância.
A promotora de Justiça Ana Cecília Rosário Ribeiro revelou que o Ministério Público sai do julgamento com a sensação de dever cumprido e que, mesmo após uma espera de 13 anos, a justiça foi feita.
"Existiam provas contundentes nos autos que acabaram sendo reconhecidas pelo conselho de sentença. Então, o MP sai com a sensação de dever cumprido e de que a família, mesmo após passar tanto tempo, consegue alcançar a Justiça", disse a promotora.
Um dos advogados de defesa, Carlos Douglas, disse que a defesa vai recorrer ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI). Ele revelou ter sido surpreendido com essa condenação, mas reconhece que o Júri é soberano. “O que vamos fazer agora é interpor o recurso ao Tribunal de Justiça do Piauí e recorrer dessa decisão. O entendimento da defesa é que Elano Barroso, de maneira alguma, foi o mandante do assassinato do ex-prefeito Aluiz Viana", disse o advogado do réu.
Já o advogado de acusação, Virgílio Bacelar, acredita que o TJ/PI confirme a sentença de 12 anos de reclusão de pena em desfavor do réu. “Com a condenação em segunda instância, quando o Tribunal de Justiça do Piauí confirmar essa decisão, o réu será imediatamente preso para cumprir a pena em regime fechado”, explica o assistente ministerial.
O crime
O assassinato de Aluiz Viana aconteceu por volta das 4h da madrugada do dia 24 de setembro de 2005, quando o ex-prefeito de Domingos Mourão saía de uma seresta, no Bar Toinho da Torre no bairro Prado, zona Sul de Piripiri. O político foi morto com oito tiros de uma pistola 280 com silenciador e um revólver calibre 38, desferidos por dois pistoleiros, os irmãos Cristóvão e Crisdean Neves.
Fonte: TITO FERREIRA
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