De acordo com dados atualizados do Centro de Orientação e Apoio Sorológico (Coas), neste ano de 2017 foram detectados 49 novos casos de pacientes portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecida como HIV, uma doença viral ainda sem cura. Mesmo com as informações disponíveis e com a distribuição gratuita de preservativos, os números da doença têm crescido em Parnaíba e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), intensifica o alerta para que as pessoas não se descuidem e procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde elas receberão os preservativos, tanto masculino quanto feminino, gratuitamente. Lubrificantes também ficam disponíveis na recepção das UBS e qualquer pessoa pode pegar o objeto, sem mesmo precisar se identificar.
Neste mês de dezembro a direção do Coas está com uma campanha intensiva para alertar a população sobre os riscos das relações sexuais sem proteção. Serão feitas visitas a prostíbulos da cidade, com a entrega de preservativos, rodas de conversa com as profissionais do sexo, além de distribuição de materiais informativos. Equipes também farão uma ação no Terminal Rodoviário de Parnaíba, com distribuição dos mesmos materiais e objetos citados acima, uma vez que neste mês o local já começa a receber um grande fluxo de turistas.
No Coas de Parnaíba, situado na Rua Passajarina, 247, no bairro Pindorama, anexo ao prédio da Prefeitura de Parnaíba, são disponibilizados gratuitamente todos os serviços: testes, consultas e exames relativos à doença. Toda segunda e quarta-feira são feitas consultas com a infectologista Andreia Beltrão e a cada 15 dias são realizados os exames de CD4 e carga viral. Além do teste de HIV, também são realizados testes de hepatite B, hepatite e sífilis. Para a coleta das amostras, basta a pessoa levar a Carteira de Identidade e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Não precisa estar em jejum. Vale ressaltar que não é possível detectar o vírus da AIDS em exames rotineiros de hemograma. Somente as coletas específicas, como as realizadas no Coas, são capazes de atestar se o paciente possui ou não o vírus.
“O teste, bem como a identidade do paciente, é mantido em absoluto sigilo. No Coas os pacientes também têm à disposição todos os coquetéis anti-HIV e, para as mães soropositivo, são distribuídos dois tipos de leite, uma vez que elas não podem amamentar, devido ao grande risco de o bebê ser contaminado, através do leite materno”, afirma a enfermeira Vera Costa.
Convivendo bem com a doença
Apesar da AIDS não ter cura, se o paciente infectado mantiver um estilo de vida saudável, alimentando-se bem, praticando exercícios físicos regularmente e cuidando das emoções, é possível ter uma vida saudável e normal. Um professor de educação física, do qual não revelaremos o nome, é um exemplo claro disso. Ele descobriu a doença há dois anos e, desde então, redobrou os cuidados com a saúde. Mantém uma rotina semanal de exercícios, cuida muito bem da alimentação e procura dormir cedo.
“Tenho todo o cuidado com a minha alimentação. Fazer exercícios físicos também é muito importante para você manter uma carga viral alta e indetectável. Ou seja, se o CD4 da pessoa estiver a cima de 200, isso significa que o organismo da pessoa está reagindo bem à doença; que a sua imunidade está elevada e nesse ambiente não tem como o vírus se manifestar. Meu alerta para as pessoas soropositivo é para que elas sejam felizes, que cuidem das emoções, porque um bom estado mental mantém a imunidade alta, e também ter responsabilidade com a vida do outro, praticando relações sexuais de forma segura”, frisa o professor, que declara ser homossexual e que foi infectado por um ex-parceiro, durante um ato sexual sem proteção.
Supcom
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