Atenta aos problemas sociais e ambientais advindos da falta de tratamento dos esgotos sanitários domésticos, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) investe cerca de R$ 1,8 bilhão em obras de implantação de sistemas de tratamento de esgoto. A implantação desses sistemas contribui para preservação dos mananciais que abastecem os municípios, ajudando a assegurar a qualidade da água da Bacia do São Francisco.
Até o momento, 82 sistemas de esgotamento sanitário já foram concluídos pela Codevasf nas sedes de municípios de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A previsão é implantar, ao todo, 12 sistemas em Alagoas, 38 na Bahia, 62 em Minas Gerais, 20 em Pernambuco e 7 em Sergipe. Na região do Parnaíba, serão 10 empreendimentos no Maranhão e 16 no Piauí.
“Estima-se que a principal causa da mortalidade infantil nos municípios ribeirinhos é por contaminação por doenças de veiculação hídrica. Com as obras de saneamento básico focadas na recuperação da qualidade da água dos rios e afluentes situados nesses municípios, a Codevasf evita a contaminação desses mananciais por dejetos de esgoto, evitando a morte da fauna aquática e a proliferação de doenças endêmicas para população beneficiada pelo rio. Ou seja, evitamos a poluição ambiental e possibilitamos a recuperação e a preservação da saúde pública”, avalia o diretor da Área de Revitalização da Codevasf, Eduardo Motta.
Em Lagoa da Prata, o sistema de esgotamento sanitário mudou o cenário do município mineiro, trazendo mais saúde para população e melhorias para o meio ambiente. O empreendimento possibilita hoje o tratamento de 100% do esgoto que chega à bacia do rio Jacaré, afluente do rio São Francisco. A conclusão da obra possibilitou a descontaminação dos córregos Chico Félix, Chico Silveira e Chico Messias, na Lagoa Verde, que antes recebiam o esgoto in natura e agora recebem o efluente tratado. O investimento na ação foi de R$ 32 milhões. O sistema é operado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Lagoa da Prata (SAAE).
“É uma referência das nossas ações porque é uma cidade de 50 mil habitantes onde todos os dejetos eram carreados para a Lagoa Verde e para os afluentes do São Francisco, provocando a morte dos peixes dos rios e prejudicando os pescadores da região. Hoje, nós já observamos a recuperação da Lagoa Verde, que já se encontra com peixes, gerando também o ciclo reprodutivo das espécies daquela região, favorecendo a recuperação da ictiofauna e dos recursos pesqueiros do rio São Francisco”, destaca Motta.
Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
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