06/04/2016

Comissão de Saúde da Assembleia apura denúncias sobre as más condições do Samu estadual

Foto Ascom
Após a divulgação de uma série de denúncias por parte da diretoria do Conselho Regional de Medicina do Piauí em relação às condições estruturais do Samu estadual em Teresina, o presidente da Comissão de Saúde, Cultura e Educação da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dr. Hélio (PR), convocou uma reunião com representantes das instituições de saúde do Estado para apurar as denúncias e buscar soluções para o caso. O encontro será realizado na próxima quinta-feira (7), a partir das 9h, na sala da Comissão de Constituição e Justiça da Alepi. 

De acordo com o relatório produzido pelo CRM-PI, foi detectada a precariedade e as más condições de funcionamento e de trabalho dos profissionais da Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares, o Samu Estadual, em Teresina. Entre as irregularidades apuradas também constam denúncias de assédio moral por parte da coordenação geral do Samu Estadual. 

"As denúncias são muito graves e por isso mesmo devemos debater a situação na Assembleia, cobrando das autoridades responsáveis a busca de soluções viáveis. A saúde pública é uma setor que merece mais atenção e investimentos para que possamos ofertar um serviço de qualidade à população, além do que os profissionais que ali atuam devem dispor de condições mínimas para ofertar um bom serviço aos pacientes", argumenta Dr. Hélio. 

Segundo informações do Conselho, após visita surpresa, foram confirmadas várias irregularidades, tais como: falta de estrutura nas instalações físicas, não fornecimento de refeição para os profissionais plantonistas do regime de 12 horas; falta de condições adequadas para o repouso médico e dos demais plantonistas e repouso médico improvisado em um depósito. 

O Conselho Regional de Medicina do Piauí alerta ainda que no aspecto funcional a Central Estadual de Regulação de Internações Hospitalares é precária, pois em municípios onde faltam médicos fica inviabilizado o serviço de regulação, sobrecarregando o trabalho das equipes do Samu Estadual. O Samu Aéreo também estaria com a escala incompleta, contando com apenas cinco profissionais, o que dificulta a sua adequada operacionalização. Além disso, embora a aeronave tenha incubadora, falta o ventilador neonatal, imprescindível para salvar a vida de recém-nascidos. A aeronave também é despressurizada, o que pode restringir o transporte de determinados pacientes graves. 

Thamirys Viana

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