29/02/2016

Delegados da PF relatam “preocupação” com a saída de ministro

Foto: Valter Campanato /ABR
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nesta segunda-feira (29) uma nota expressando “extrema preocupação” com a provável saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por “razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal”.
De acordo com informações divulgadas hoje (29), o ministro da Justiça colocou o cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff por receber cobranças de petistas que o acusam de não controlar a Polícia Federal. As críticas a Cardozo partem de defensores do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
O ministro é questionado pelos vazamentos dos conteúdos das delações premiadas daOperação Lava Jato, pela prisão do publicitário João Santana e de sua mulher Mônica Moura e também pelas investigações ao ex-presidente Lula. Cardozo argumenta que a corporação tem autonomia e que só pode atuar em caso de violação de direitos.
A Associação dos Delegados, assim como Cardozo, cobra que a PF seja uma “polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias”.
Em discurso entoado no sábado (27) na cerimônia de aniversário do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, Lula atacou a PF, se queixou de estar sendo perseguido pelas investigações e reforçou a torcida pela troca do ministro da Justiça.
Congresso em Foco

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