O Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, localizado no município de Petrolina, produziu, em 2015, cerca de 3,5 milhões de alevinos no semiárido pernambucano. A produção foi destinada à recomposição da ictiofauna (população de peixes) de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos, à inclusão produtiva de pequenos produtores e à realização de estudos e pesquisas.
Para ações de inclusão produtiva na área de atuação da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, as espécies de maior produção são tilápia, carpa e tambaqui. Nos peixamentos são utilizadas espécies nativas da bacia hidrográfica do rio São Francisco, como o pacamã, piau e curimatã. “Essa ação é realizada regularmente pela empresa, e nós temos conseguido resgatar estoques pesqueiros de peixes que estavam sumindo do rio, como, por exemplo, o pacamã”, explica o chefe do Centro Integrado, o engenheiro de pesca Rozzanno Figueiredo. “O peixamento possui uma importância ambiental e social, uma vez que o pescador volta a ter o pescado tanto para consumo próprio, como também para comercialização”, ressalta.
Recentemente, a Codevasf realizou em Petrolina um peixamento que teve como objetivo o combate ao mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A ação foi realizada em parceria com a prefeitura municipal. A ideia é repetir a iniciativa em outras áreas que possam oferecer alguma ameaça à população.
“Nós escolhemos alevinos de tilápia porque é uma espécie bastante resistente a baixos níveis de oxigênio e a altas temperaturas. Então, esses alevinos vão se alimentar dos ovos das fêmeas e das larvas dos mosquitos, ajudando no combate do mosquito Aedes aegypti”, explica Rozzano Figueiredo
O Centro Integrado de Bebedouro é um dos sete que a Codevasf possui em toda a bacia do São Francisco, que exercem destacado papel no desenvolvimento da aquicultura da região, conforme explica o chefe da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf, Leonardo Sampaio. “Essa ação de Bebedouro no combate ao mosquito só comprova a importância dessas estruturas, não apenas para a empresa, mas, principalmente, para as populações que vivem em sua área de atuação”, conclui Sampaio.
Pesquisa e tecnologia
O Centro Integrado de Bebedouro também desenvolve pesquisas científicas e tecnologia nas áreas de recursos pesqueiros e aquicultura. Nesta semana, professores e estudantes de pós-graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizam estudos nas instalações do Centro Integrado voltados para a manipulação cromossômica de fêmeas de curimatã-pacu. A ideia é construir populações exclusivas de fêmeas desse peixe nativo do São Francisco.
ASCOM
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