Antes de deixar a secretaria municipal da cultura, o jornalista Arlindo Leão (O Piaguí Culturalista) deu início à ampliação da memória fotográfica do museu do trem (protagonista da história parnaibana).
O trabalho que Arlindo Leão pretendia realizar foi iniciado simbolicamente pelo resgate da fotografia, em quadro, de Thomaz Catunda, que foi secretário da 1ª Divisão Central da Estrada de Ferro Central do Piauí, professor no colégio Nossa Senhora das Graças e União Caixeiral.
Catunda foi um dos mais insignes homens de letras que viveu em Parnaíba. Atuou nos mais diferentes periódicos parnaibanos entre as duas metades do século XX, conquistando o respeito e a estima dos intelectuais que representavam a classe artística do norte piauiense. A maior prova de seu prestígio reside nos convites que recebeu ao longo da vida para prefaciar livros que marcaram a história literária da cidade, como Cantos ao vento (1951), do poeta Francisco Ayres.
No campo das letras, em especial aquelas que eram praticadas na imprensa, Catunda enveredou pela crônica, pelo conto e, do círculo de escritores que existiam na cidade, foi um dos poucos a compor sonetos alexandrinos, espécime que, na visão de Bilac e Guimarãens Passos, está entre os mais difíceis em língua portuguesa.
Ascom
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