07/10/2015

35 anos pelo fim da violência de gênero no País

Divulgação

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) lembra que neste próximo dia 10 de outubro de 2015, marca os 35 anos do início de um movimento grandioso de mulheres que clamam pelo fim da violência de gênero no País. O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. Em 1980, quando a primeira grande manifestação foi realizada, na escadaria do Teatro Municipal, em São Paulo, a abordagem desse assunto ainda era um grande tabu. Mas as mulheres haviam decidido quebrar de uma vez por todas o silêncio opressor e lutar por respeito, dignidade e paz.

Iracema reforça ainda que a violência contra a mulher, infelizmente, persiste como prática rotineira nas ruas, no trabalho e nos lares de inúmeras brasileiras. Para a deputada, a data é um convite à reflexão.  “Celebramos, pois, o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher como forma de conscientizar a população e sensibilizar a sociedade e o Poder Público em relação à importância de promover ações e políticas de valorização e proteção das mulheres”, declarou.

Há dez anos, existe com um serviço exclusivo de atendimento à mulher – o Ligue 180, que recebe denúncias de violência e reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher, além de orientar as cidadãs sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. As ligações são gratuitas e o anonimato do denunciante é preservado.

Desde que começou a funcionar, o Ligue 180 já registrou quase 4,5 milhões de atendimentos. Nos primeiros seis meses deste ano, foram 364.627 ligações, uma média de 2.025 por dia. Entre as unidades da federação, a maior taxa de relatos de violência pelo Ligue 180 foi verificada no Distrito Federal, seguida, vergonhosamente, pelo meu Estado, o Piauí, e por Goiás. Dos mais de 32 mil relatos de violência contra mulheres registrados, mais da metade eram relacionados a violência física.

Lamentavelmente, a realidade ainda é chocante, em que mulheres são submetidas a formas inaceitáveis de assédio, opressão e agressões. Uma situação de terror que não escolhe classe social e está espraiada por todos os cantos do País. De acordo com o Mapa da Violência 2012, que foi dedicado à análise da violência doméstica e familiar contra a mulher, o Brasil ocupa a vergonhosa posição de sétimo lugar entre os países que possuem o maior número de mulheres mortas todos os anos, num universo de 84 países.

“Nossa luta é pelo fim das agressões físicas, dos estupros, dos assédios moral e sexual, do tráfico humano e da exploração em todas as suas formas! Queremos uma sociedade livre da impunidade, harmoniosa, igualitária e justa, com mulheres respeitadas e sem medo de denunciar os atos de violência que sofrem, e com homens conscientes de suas responsabilidades e deveres”, frisou.


Iracema Portella afirma que, em termos legislativos, importantes avanços já foram realizados nessa jornada de luta. A Lei Maria da Penha, vigente desde 2006, tornou-se bastante conhecida pela população e tem desencadeado um número cada vez maior de denúncias de atos de violência doméstica. “Neste ano, ganhamos a lei que instituiu no Código Penal o crime de feminicídio, que torna hediondo o assassinato cometido em razão do gênero. Foi uma grande vitória das brasileiras, demonstrando que não toleramos mais sermos vítimas de crimes de ódio. Exigimos respeito, queremos a paz!”, comemorou a deputada progressista.

Para finalizar, a deputada federal defende ser preciso colocar um fim definitivo a tantos atos de covardia. “É tempo de virar a página da história e promover uma mudança radical de cultura. Para isso, nossas instituições devem estar bem estruturadas e prestar serviços dignos e eficientes de atenção às demandas das mulheres. É inaceitável, por exemplo, que mulheres policiais sejam assediadas e violentadas em seus ambientes de trabalho, uma vez que as corporações vinculadas ao aparato de segurança pública têm papel fundamental na nossa empreitada”, concluiu.

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Assessoria de Imprensa
Deputada Federal Iracema Portella (PP-PI)

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