26/06/2015

Devido à falta de especialistas, Estado propõe cofinanciamento para rede credenciada de Parnaíba e região

Ascom

Durante audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (26), na Câmara Municipal de Parnaíba, para debater a longa espera da população em relação à marcação e realização de cirurgias na região, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) propôs a formação de um grupo de estudos com a rede credenciada de médicos para que as cirurgias sejam complementadas através do programa de cofinanciamento estadual.

De acordo com Auderico Tavares, diretor da Unidade de Descentralização Hospitalar da Sesapi, o descredenciamento dos profissionais em virtude dos baixos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio de cirurgias é um problema existente em todo o país. No entanto, o Governo do Estado está disposto a oferecer aos médicos um subsídio para complementação desses valores, por meio do programa de cofinanciamento, para atendimento de todos os pacientes da macrorregião de Parnaíba. 

“Queremos montar um grupo de estudo com os representantes das entidades médicas da região de Parnaíba, pois assim poderemos avaliar um incentivo financeiro que promova o recredenciamento dos especialistas à rede pública. No entanto, temos que apelar para a participação das famílias para alertarem os jovens em relação ao consumo de álcool em conjunto com direção, pois a partir da conscientização das pessoas poderemos diminuir os índices de acidentes e de demanda de cirurgias nos hospitais, principalmente as ortopédicas”, ressalta Auderico Tavares.

Para o proponente da audiência, o deputado estadual Dr. Hélio Oliveira (PTC), não será apenas o envio de mais recursos que resolverá o problema da demanda de cirurgias na região, mas também a necessidade de uma gestão mais eficiente nos hospitais públicos. “Tudo tem solução. Em Teresina, por exemplo, através do incentivo aos especialistas, somente no Hospital da Polícia Militarsão realizadas diariamente um total de 40 cirurgias. É uma realidade que também podemos implementar em Parnaíba. O que não podemos é ficar calados em relação ao problema”, argumenta o parlamentar.

Na oportunidade, o representante do Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) e presidente da Associação Piauiense de Medicina, Elisiário Cardoso, relatou que boa parte das unidades de saúde no interior do Piauí não possuem resolutividade. “Durante a realização de fiscalizações, encontramos unidades sem nenhum profissional de saúde e com muitos pacientes à espera. O problema não é só de recurso, pois falta gestão dos hospitais e compromisso de parte da classe médica. Ele tem que estar no seu plantão, cumprir a sua carga horária. Estamos dispostos a oferecer capacitação, treinamentos, bem como a assistência necessária para sanar essas deficiências”, afirma.

Também estiveram presentes na audiência representantes das secretarias municipais de Saúde da região litorânea, diretores de clínicas particulares de Parnaíba e região, Sindicato dos Médicos de Parnaíba, Associação Piauiense de Medicina, Conselho Regional de Medicina, entre outras instituições e a comunidade em geral.

Aumento da fiscalização e programas educativos


Além da formação de um grupo de trabalho - com a participação de membros das entidades médicas, Assembleia Legislativa do Piauí, Câmara Municipal, entre outras instituições para discutir o reajuste que será oferecido aos médicos -durante a audiência pública, também ficou acertado que os órgãos fiscalizadores, como o CRM, possam acompanhar o trabalho que vem sendo realizado nos hospitais, em especial nos quesitos de gestão; e, por fim, propor campanhas educativas para os jovens em relação ao consumo de álcool e o uso da direção para ser realizado em conjunto com as prefeituras e o Governo do Estado.



Thamirys Viana
R2 Comunicação

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