15/01/2014

ARTIGO*

14 anos de BIG BROTHER: o que aprendem os brasileiros?! (*)
Esta semana iniciou o reality show da Globo “Big Brother Brasil – BBB”. Em seu 14º ano o BBB segue o mesmo padrão apelativo. A baixaria é o prato principal. Por mais que se critique, esse gênero rende
audiência e repercussão.

O BBB é o produto global que atende a esta demanda, a diferença é que na Rede
Globo até a baixaria passa pelo Padrão de Qualidade. “Ver quem quer”. Até parece..., pois aqui no Brasil as novelas e estes programas são a única fonte de lazer para uma grande maioria da população.

O tema despertou minha atenção por encontrar duas jovens falando do início do programa, quanta empolgação! “Tu viu quem está no BBB?”. Futilidades à parte, encarei a conversa com naturalidade. Não
entendia os detalhes, pois não assisto ao programa.

 Impressionou-me como elas estavam ligadas. Faziam comentários sobre a vida dos participantes, projeções do paredão, críticas morais e éticas aos moradores da casa, uma verdadeira análise comportamental. Digna de registro.

Fiquei refletindo sobre algumas questões: como é influente a televisão e o quanto esse meio de comunicação é mal usado; os ensinamentos banais e prejudiciais que são propagados; enfim, sobre a síntese, alguém que controla tudo, manipula, influencia outros e mantém uma grande massa alienada.

Como este é um ano de eleições fiquei imaginando como seria a nossa sociedade se o grau de envolvimento que se dá entre o público e o BBB fosse aplicado na mesma medida para a política. Refiro-me à Política com “P” maiúsculo. Por certo, tudo seria diferente do que assistimos hoje.

Coincidências à parte, parece que temos muito em comum entre o reality show da Rede Globo e a política tradicional. Refiro-me aqui a essa “politicagem” que ainda tem grande espaço em nosso meio. O cenário político parece um grande BBB, senão vejamos: uma elite de iluminados, previamente escolhidos, não se sabe ao certo por quem, nem quais os critérios, mas que nos aparecem como os “ganhadores”. E nós é
quem escolhemos. Escolhemos? Pagamos um alto preço pela escolha...

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(*) Fernando Gomes, sociólogo, cidadão, eleitor e contribuinte parnaibano.

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