Orlando Nunes |
Segundo o chefe da Interpol no Rio, delegado Orlando Nunes, Misiki é suspeito de comandar o maior escândalo de corrupção da história das ilhas caribenhas. De acordo com o policial, o equivalente a US$ 50 milhões de verbas públicas teriam sido desviadas.
Orlando afirmou que as investigações sobre o escândalo culminaram com as prisões de vários funcionários públicos em 2009. Na época, Misiki teria fugido das ilhas e começou a ser procurado pela Interpol. Passou pela República Dominicana até chegar ao Brasil em outubro do ano passado.
O delegado disse que Misiki teria pedido refúgio como exilado político em São Paulo. A solicitação não foi aceita mas ele obteve registro de residência provisória. Em novembro, foi expedido um mandado de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra o estrangeiro com base em pedido formulado pelo Governo do Reino Unido, que quer a sua extradição.
Segundo Orlando Nunes, Misiki levava vida sofisticada no Rio de Janeiro e circulava entre os bairros nobres de Ipanema e do Leblon, na zona sul carioca. Possuía inclusive carteira de trabalho. O delegado disse que ele teria sociedade com brasileiros e vai investigar essa relação.
Divulgação/PF-RJ | ||
Michael Misick, 50 anos, foi acusado dos crimes de corrupção e formação de quadrilha no Caribe |
Reprodução - Misiki |
Asilo político foi negado
O delegado Orlando Nunes, chefe da Interpol no estado, afirmou que a operação do dia 07, mostrou que Rio não é um território livre para criminosos internacionais.
Misiki foi preso quando tentava embarcar para São Paulo. Segundo Nunes, a suspeita é que ele procuraria advogados na capital paulista para tentar se manter no país.
O estrangeiro será encaminhado para o presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte carioca. Ele foi ministro-chefe das Ilhas Turks e Caicos entre 2003 e 2006 e premier entre 2006 e 2009.
As llhas Turks e Caicos são um território britânico ultramarino dependente do Reino Unido e estão localizadas ao norte da Ilha Hispaniola, onde encontram-se o Haiti e a República Dominicana, no Mar do Caribe.
O mandado de prisão no Brasil foi decretado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Levandowsky, no último dia 22, com base em pedido do governo do Reino Unido.
Folha de SP
g1
Imagens reprodução
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