A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta terça-feira (30) em Brasília o relatório do Estudo Nordeste Competitivo, que aponta os investimentos e os 83 projetos prioritários para a modernização e a ampliação de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos na região. O evento teve à frente o presidente da CNI, Robson Braga e contou com a participação de governadores e dos presidentes de federação, entre eles o presidente da FIEPI, e vice-governador, Zé Filho.
Responsável por 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a região Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões em infraestrutura nos próximos oito anos para garantir o escoamento da produção em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Segundo o presidente da FIEPI, Zé Filho, os estudos apresentados pela CNI mostram que esses investimentos se pagariam em pouco mais de quatro anos em função da economia com gastos logísticos. Atualmente, a região gasta em torno de R$ 30,2 bilhões com transporte, incluindo gastos com frete interno, pedágios, transbordo e de terminais, tarifas portuárias e frete marítimo.
Terceiro dos estudos regionais, o Nordeste Competitivo levantou os gargalos em infraestrutura que podem, dentro de alguns anos, travar o escoamento da produção dos nove estados para o mercado interno e para exportação. As ferrovias e os portos são os que mais precisam de investimentos. Juntas, as duas malhas vão demandar 90% dos R$ 25,8 bilhões. Outros 9% devem ser investidos nas rodovias e 1% nas hidrovias.
“A falta de infraestrutura logística para o transporte de cargas é um entrave ao crescimento da economia nacional e não é diferente no Piauí, que tem um custo elevado por exportar pouco se comparado a outros estados. A busca por maior eficiência em logística é fundamental para conferir competitividade à indústria”, disse o presidente da FIEPI e Vice-Governador, Zé Filho.
Para aumentar a competitividade da região, é preciso investir R$ 12 bilhões nas ferrovias e R$ 11 bilhões nos portos da região, de acordo com o estudo da CNI.
Edson Almeida
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