Vigia é preso e afirma ser vítima de injustiça no Caso Fernanda
Domingos Santos teve prisão decretada nesta quarta-feira e foi levado por dois policiais no final da tarde.
O vigia Domingos Pereira da Silva Santos foi preso por volta de 17h20min desta quarta-feira (12) em sua casa no bairro Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. A prisão dele e de outras três pessoas foi decretada pelo juiz Antônio Noleto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina, e foi pedida pelo delegado Paulo Nogueira, da Comissão Investigadora do Crime Organizado - Cico -, que preside o inquérito sobre a morte da estudante Fernanda Lages. Detido por dois agentes, o vigilante alegou ser vítima de injustiça.
Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Dois policiais chegaram na casa de Domingos e apresentaram o mandado de prisão. Já consciente da decisão do juiz, ele não apresentou resistência. Pegou uma bolsa com pertences e entrou na viatura. Sua esposa queria ir junto, mas foi informada pelos agentes que só poderia seguir em outro carro.
Domingos estava de plantão no dia 25 de agosto na obra do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí - TRT/PI -, por onde a estudante Fernanda Lages entrou para ter acesso à obra do Ministério Público Federal. Ele teve sua postura questionada por supostamente omitir informações. O vigia alega ter dito em seu depoimento ter visto somente uma mão abrir a porta da obra e depois a entrada de uma pessoa que parecia ser mulher. Para os promotores do Ministério Público que acompanham o caso, ele saberia mais do que isso. Em entrevista para a TV Cidade Verde, ele negou que estaria recebendo cestas básicas e visitas de pessoas estranhas a sua vizinhança.
Familiares e alguns vizinhos demonstraram revolta com a prisão de Domingos. A filha Lucirene Chagas, 21 anos, chegou a chorar ao dizer que o pai é inocente e está sendo injustiçado. Segundo ela, ele estava apenas trabalhando para sustentar os filhos
Por volta de 18h, o vigia chegou na Comissão Investigadora do Crime Organizado. A imprensa aguarda a chegada dos outros três presos. Há informação de que o delegado Paulo Nogueira está na Cico esperando os outros vigias.
Cunhada do vigia, Ana Kátia das Chagas Silva chegou na Cico dizendo que a família não sabe de onde surgiu a advogada do vigia. "Se ela fosse advogada, estaria aqui. (...) O advogado dele é Deus. Ele está sozinho. Não tem dinheiro para pagar advogado", disse. Segundo ela, domingos está desempregado e passa por dificuldades até para alimentar a família.
Atualizada às 18h39
Yala Sena (flash do local)
Fábio Lima (Da Redação)
redacao@cidadeverde.com
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