Os sucessivos assaltos a agências bancárias e postais, no interior do Piauí, estão provocando um clima de intranquilidade não apenas entre funcionários e clientes, mas em toda a população. Os crimes estão aumentando numa velocidade impressionante, com prejuízos e estragos cada vez maiores.
O assalto de ontem, praticado contra a agência do Banco do Brasil em Luzilândia, um município fim de linha. Situada à margem do rio Parnaíba, Luzilândia é uma cidade praticamente isolada. A estrada que liga o município a Esperantina é praticamente intrafegável. Sua recuperação existe apenas nas promessas de campanha eleitoral.
O assalto de ontem foi o terceiro contra a agência do BB na cidade. O saldo do crime foi trágico: o gerente morreu com uma bala na cabeça. Dois assaltantes também perderam a vida. Luzilândia, como várias outras cidades situadas em áreas de divisão territorial entre Estados, estão mais sujeitas aos assaltos, devido à fragilidade da segurança e a facilidade de fuga.
Em Luzilândia, por exemplo, o contingente policial é composto de um delegado e um agente e mais um tenente, um sargento e cinco soldados. No assalto de ontem, apenas o tenente e três soldados estavam de plantão. A polícia local enfrentou os assaltantes heroicamente, até receber reforço de cidades vizinhas e de Teresina.
Os assaltantes portavam armas de grosso calibre, enquanto os policiais dispunham apenas de revólveres. O assalto foi logo cedo, na abertura da agência bancária, e a cidade viveu horas de pânico e terror. Os bandidos escaparam com reféns, entre eles, o gerente do BB, que acabou sendo ferido e morto.
Os assaltos a bancos estão ficando cada vez mais próximos um do outro. A polícia não deve ser ocupada em dar segurança permanente aos bancos. Esse papel é deles, que têm lucros fabulosos, mas negligenciam na segurança de seus funcionários, de seus clientes e de seu patrimônio. Trabalhar numa agência bancária, ou frequentá-la, hoje, é uma temeridade.
Zózimo Tavares
COMENTÁRIOS DO TEXTO: O governo é quem devia obrigar os banqueiros a contratar pessoal qualificado e bem armados para garantia na segurança dos funcionários e clientes do banco, bem como de seus valores. Os lucros destas instituições são de grandes proporções, mas não investem no setor de segurança e no quadro de pessoal, porém - estes profissionais ultimamente tem ganhado uma miséria em seus salários e não cobre, necessariamente, o risco que eles passam diariamente no interior de uma agência bancária. Esta é a grande verdade!
Júnior Catita para o PC
Imagem reprodução
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