12/09/2010

Confira matéria do IG sobre técnicas

Treinamentos eróticos: Striptease

Mulheres aprendem a dançar, tirar a roupa com graça e seduzir seus parceiros


Foto: Getty Images
Crie um clima e faça o seu show

A sala ao lado de uma sex shop, aberta exclusivamente ao público feminino, é o ponto de encontro de mulheres de todas as idades que querem aprender a seduzir. Casada há nove anos, a jovem Letícia, de 28 anos, e duas amigas solteiras buscaram nas aulas de “strip” algo além da sedução, a autoconfiança.

A timidez bate forte quando o trio descobre que deve ficar só de lingerie – com duas peças, uma por cima da outra, para não criar ainda mais constrangimento na hora da aula. “Vocês podem escolher conjuntinhos aqui da loja e colocá-los por cima dos seus”, anuncia a professora Rozana Rezende. Os olhos passeiam atentos e encantados pelas araras da sex shop em busca de um modelito ideal para a ocasião. Quinze, vinte minutos depois e elas finalmente estão prontas.

Já na “sala de aula”, de frente para um espelho, dividem espaço com quatro cadeiras que fazem as vezes dos marmanjos que elas devem seduzir. A primeira etapa, diz Rozana, é se olhar e gostar do que está vendo. E começa a explicar passos básicos, troca de olhares e reboladinhas. “Sensualidade meninas!”, diz em tom mais alto. E completa falando que cada uma tem que procurar o seu jeito de fazer as coisas, dando o seu toque pessoal. “O importante é que ele te veja como nunca viu: mais solta, mais provocante. Mas não quero fabricar uma nova mulher em poucas horas de aula, apenas peço que explorem a fêmea que existe em vocês”. Ainda muito inibidas, elas grudam os olhos na professora e ensaiam alguns rodopios.

“Agora vamos começar a tirar as peças”, anuncia, colocando uma música. “Mas nada de som muito alto”, instrui. Cinta-liga, sutiã, calcinha... Aos poucos as roupas vão sendo arremessadas de forma sensual. Até a meia 7/8 deve ser tirada de uma maneira especial, “para que saia esticadinha e possa ser usada, no final, para puxar o parceiro até você – pelo pescoço – ou mesmo para amarrar as mãos dele”. M.L., de 24 anos, M.H., de 31, e Letícia se entusiasmam na hora.
No meio da aula, Rozana dá o recado: “É importante tirar tudo com calma e deixar o gato olhar. Não adianta se despir querendo se esconder”. Bastante tímidas, as meninas começam a se soltar aos poucos, a medida que aprendem a rebolar no compasso da música e olhar o parceiro nos olhos.



Foto: Ivone Perez
A professora Rozana Rezende dá a dica: uma cadeira ajuda na hora de fazer o strip
Até que a primeira pergunta surge: “E se ele rir e me achar ridícula?”. “Você deve se impor!”, rebate a professora. E continua: “Chega junto, faz sinal pra ele se calar. Nem precisa dizer nada. Se quiser ser mais enfática pode dar uns tapinhas no rosto dele. Vocês são íntimos, você vai saber o que é preciso e com qual intensidade. Depois disso eu te garanto que ele vai prestar a maior atenção em você”. E diz que nesta hora, fantasias como fingir que nem o conhece também são muito bem vindas, dependendo apenas da vontade e da imaginação do casal.

E ensina um truque prático, para dar mais segurança e facilitar os movimentos: “Use sempre uma cadeira para fazer o strip. Coloca ele sentado em algum lugar e uma cadeira na frente dele, onde você vai fazer os movimentos. Claro que você vai até ele, vai dar uns beijinhos, rebolar bem pertinho, mas pra ele assistir o espetáculo é melhor que você não esteja tão perto”.

Pausa na coreografia e a professora avisa: “De nada adianta a mulher saber os passos se não tem a intenção de seduzir”. E diminui a intensidade da luz da sala de aula para deixá-las mais a vontade. Depois disso o clima de sedução realmente aumenta. Rozana mostra como as meninas devem tocar seu parceiro na hora do striptease. Entre reboladinhas, as mãos sobem pelas pernas e seguram os cabelos dele com força, antes de um beijo ‘caliente’.


No final, com todas as peças cuidadosamente tiradas, Rozana sugere: “Agora é só sentar na cadeira com as pernas fechadas e chamar o seu homem. Quando ele chegar pertinho, dê um beijinho e faça ele se ajoelhar na sua frente. Aí é só deixar rolar...”, finaliza, sob aplausos.

Especial - treinamentos eróticos: Sexo Oral

Delas participa do curso “práticas picantes” e conta as impressões das alunas

Carmen Moreira, iG Rio de Janeiro |

Foto: Getty Images
Técnica e truques do sexo oral

Final da tarde de uma quarta-feira. No terceiro andar de um prédio comercial de Ipanema, bairro nobre do Rio de Janeiro, três mulheres aguardam ansiosas e um pouco constrangidas pelo início da aula. O traje da professora, shortinho e blusinha decotada, deixa claro de que não se trata de uma aula tradicional. Entre os objetos de estudo, próteses penianas de borracha e camisinhas; o curso de “práticas picantes” vai começar.

Depois de uma rápida apresentação, a professora Rozana Rezende, 36 anos, pede para que as alunas se apresentem e escolham uma prótese peniana e uma camisinha. “Vamos colocar com a boca?”, sugere. Rozana continua: “Depois dessa aula vocês terão condições de fazer 45 minutos de sexo oral sem dificuldade”. Alvoroço. Ela explica: “Hoje vocês não conseguem porque não estão respirando direito e logo ficam cansadas. Além disso, não sabem explorar o pênis por inteiro. Se ficarem fazendo só os mesmos movimentos, nem os parceiros vão aguentar tanto tempo!”.
Dito isso, Rozana consegue a máxima atenção das alunas, ainda um pouco incrédulas. E ela trata de dizer: “A aula é prática, então eu quero que vocês acompanhem tudo, mas que façam também. Por isso cada uma tem a sua prótese”. Todas parecem animadas e, a essa altura, sem vergonha.

C.C., a mais nova do grupo e prestes a se casar, diz ter convencido as amigas a participarem do curso com ela. “A proximidade do casamento foi só um pretexto. Queria muito aprender coisas novas”, conta. E afirma que, apesar de ter escolhido o curso pelo nome, ainda não tem ideia do que será ensinado.



Foto: Ivone Perez
Rozana mostra cada parte do pênis e os locais mais sensíveis

O primeiro passo, fala Rozana, é conhecer a própria língua. “É como se cada pedaço dela fosse um andar diferente”. E continua: “O primeiro andar é a pontinha, o segundo é o meio, e o terceiro é a parte lá de trás. Um bom sexo oral explora os três andares, cada um tem uma textura diferente”. E apresenta, na prática, os tipos de estímulos que podem ser feitos só usando a língua. Olhando atentas, as meninas repetem passo a passo.

A euforia dá lugar ao silêncio, e a aula, que parecia uma grande brincadeira, ganha um tom mais sério. “Comportamento tem mesmo que ser levado a sério”, pontua a professora. E assim elas aprendem a deslizar suas bocas sem machucar o pênis com os dentes.
Trabalhar a musculatura da bochecha, girar a língua, relaxar e pressionar os lábios são expressões usadas durante toda a aula. “Cada movimento pode ser repetido quatro ou cinco vezes, sem regras nem roteiro”, anuncia a professora.

Pausa rápida para um elemento novo: o gel lubrificante. “Esse tem gostinho de canela e esquenta”, mostra Rozana. Ela pede para as alunas provarem e espalharem pelas próteses. “Agora vocês podem chupar, assoprar. Vai esquentar e eles vão adorar”, diz.
A próxima atração é o truque do espumante. A professora ensina algumas brincadeiras com o líquido e garante que ele deixa a boca mais confortável para a prática do sexo oral. “É gostoso mesmo!”, dispara M.C., de 28 anos.


Um truque: champanhe para turbinar o sexo oral

Mas a professora alerta: “Vocês têm que comandar. Não podem deixar que o homem faça os movimentos, caso contrário, ele poderá machucá-las”. E sentencia: “Você vai proporcionar prazer para o seu homem, mas do seu jeito, sentindo prazer também. É assim que tem que ser”.

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