Preço de cópia do Viagra equivale a 3,7 vezes a tarifa do ônibus
EMS informou que intenção é comercializar medicamento com valor 35% inferior ao praticado pelo Viagra
A expectativa do EMS é lançar a cópia do Viagra com um preço mais barato do que o valor que está sendo praticado atualmente pela Pfizer, a empresa que detém a patente do medicamento no País até este domingo.A Pfizer reduziu à metade o preço do Viagra e lançou uma versão com apenas um comprimido, custando em média R$ 15 por unidade. A empresa também obteve o registro de um medicamento similar, que poderá vender no mercado brasileiro, com a marca Revatio.
Mantida a promessa, a droga do EMS custará por volta de R$ 10 – o equivalente a 3,7 passagens de ônibus na cidade de São Paulo (a tarifa é de R$ 2,70). A dúvida é saber se a diferença de preço – cerca de R$ 5 - fará com que o paciente passe a comprar a pílula da concorrência ou mantenha a preferência pelo original.
A estratégia da Pfizer de redução de preço foi a forma encontrada pela farmacêutica americana de manter parcialmente as vendas do seu produto quando os concorrentes vierem. A empresa já admitiu que poderá perder parte das vendas aos rivais, mas conseguirá manter um naco em seu poder.
Foto: Bloomberg via Getty Images/Bloomberg
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Vale lembrar que a estratégia da Pfizer também passa pelo aumento do fornecimento do número de farmácias. Hoje, o Viagra chega a 17 mil das estimadas 55 mil farmácias espalhadas por todo o Brasil. A intenção é cobrir um horizonte entre 30 mil a 35 mil estabelecimentos, dobrando a cobertura nacional.
Decisões estratégicas
Além dos EMS, outros laboratórios estão atentos aos movimentos do mercado, mas não deram maiores informações quando entrarão no segmento. O laboratório Teuto disse que lançará a versão genérica, mas não pode divulgar a data exata por uma questão estratégica.
O Aché, outro grande laboratório de capital nacional, teve a mesma posição:”Por ser um assunto estratégico, ainda não podemos adiantar datas e marcas”.
A Sanofi-Aventis, laboratório que controla a Medley, a maior fabricante de genéricos do País, disse que não antecipa sua estratégia de desenvolvimento de novos produtos.
A Hypermarcas, empresa dona da Neo Química, fabricante de medicamentos similares, nada informou sobre eventuais lançamentos, alegando estar em “período de silêncio” em razão da emissão de uma debênture de R$ 500 milhões para pagamento de dívidas.
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