SAÚDE
Nas grandes cidades, é cada vez mais comum dirigir e enfrentar o trânsito por horas, realidade que pode vir acompanhada de uma série de problemas, como a dor nas costas. Segundo o ranking de auxílios-doença concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a dor nas costas é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. Em 2016, mais de 116 mil pessoas tiveram de se ausentar do emprego por, no mínimo, duas semanas em razão dessa enfermidade. O número representa 4,71% de todos os afastamentos. O segundo motivo que mais afastou trabalhadores no ano passado foram fraturas de perna e tornozelo, seguidas das de punho e mão.
Pensando nessa problemática que, cada vez mais afeta os piauienses, o ortopedista do Hapvida Teresina, Danilo Leite, orientou os motoristas quanto aos cuidados que devem ser tomados para evitar as dores, melhorando assim, a qualidade de vida. “O assento deve ficar posicionado de maneira que a coluna permaneça totalmente apoiada e relaxada. Esse cuidado evita sobrecarga muscular e articular”, indica.
Danilo Leite ainda sintetiza que o encosto deve ser ajustado de acordo com a altura do motorista, posicionando o topo deste na linha dos olhos. Essa posição impede o movimento da cabeça para frente e para trás, protegendo o pescoço de lesões em caso de uma colisão traseira.
Além disso, para quem já é acometido por dores nas costas, o profissional recomenda as medidas que devem ser adotadas para evitar o agravamento e para amenizar o problema. “Um suporte lombar pode promover o conforto do indivíduo quando sentado. Como poucos assentos fornecem o suporte adequado, o rolo lombar portátil ou toalha enrolada são essenciais para pessoas com problemas lombares em progressão”, frisa o ortopedista.
Também se recomenda que seja regulada a distância do banco para que a carga adicional no uso dos pedais não seja transmitida para a coluna lombar. Os braços devem estar relaxados e com os cotovelos semiflexionado para não tencionar ombros e pescoço. “Nada de dirigir muito próximo ao volante, nem muito afastado, evitando assim que os braços e pernas fiquem esticados. Pausas frequentes são importantes para evitar sobrecarga nos discos intervertebrais”, aponta o médico.
Outra dica é deixar as pernas paralelas uma da outra. “Evite dirigir com os joelhos muito flexionados, pois corre o risco de comprometer a circulação sanguínea”, complementa. O ortopedista alerta que as dores lombares a longo prazo diminuem o limiar da dor por ação central e aumentam a resistência aos analgésicos, e a longo prazo há o risco da realização das atividades diárias serem comprometidas, com prejuízo de função e resultado.
AI COMUNICAÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário