14/11/2015

Doulas pedem apoio para regulamentar a atuação em estabelecimentos de saúde


Atuando em hospitais, principalmente em clínicas e maternidades, as Doulas têm como objetivo auxiliar emocional, física e psicologicamente mulheres antes, durante a após o parto .E pesquisas mostram que o trabalho delas reduz o número de casarianas, da duração do parto e os pedidos de anestesia. E como o trabalho delas não é regulamentado, um grupo pediu apoio da senadora Regina Sousa para projeto que tramita na Câmara dos Deputados que foi apresentado pelo deputado Jean Wyllys (Psol-BA).
No Piauí, são 14 pessoas atuando em Teresina e Parnaíba desde outubro de 2014, mas só quatro são oficiais. Segundo Nayra Rodrigues, que trouxe o trabalho das doulas ( doula em grego mulher que serve) para o Piauí, não é somente profissionais de saúde que podem atuar como doula, pois elas não realizam procedimentos médicos, não receitam medicamentos e não cuidam do recém-nascido, ou seja, não substituem profissionais de saúde.  A socióloga contou que pesquisas mostram que o trabalho delas têm reduzido em 50% o número de cesarianas, em 20 % o tempo de duração do parto, em  60% os pedidos de anestesia e ainda houve redução no uso de oxitocina e de fórceps.
Nayra Rodrigues explicou que as doulas orientam as grávidas para o dia do parto, dão sugestões sobre profissionais humanizados e ajudam a preparar as mulheres para ter um parto mais tranquilo, seguro e protegido. “O objetivo é deixar o parto mais humanizado.”
A senadora Regina Sousa informou que o Senado já fez audiência pública sobre a humanização no parto e disse que vai conversar com o deputado Jean Wyllys sobre o projeto que regulamenta a atuação das doulas em estabelecimentos de saúde no Brasil. A parlamentar sugeriu às doulas que procurem vereadoras e deputadas para solicitar a apresentação de projeto em Teresina e no Estado. Bahia e Rio Grande do Norte já têm projetos regulamentando a atuação de pessoas que dão apoio a gestantes.

Regina Sousa pediu às Doulas Cajuína que cuidem também das mulheres na hora que elas saem da maternidade, pois há casos em que elas têm que pegar ônibus, mototáxis por não terem condições de pagar táxis ou não tem um transporte próprio, o que coloca em risco a saúde delas. A senadora lembrou que na Maternidade Evangelina Rosa existia um serviço de transporte de mulheres, sugerido por ela quando exerceu o cargo de secretária estadual de Administração, mas que foi suspenso. “ Tinha uma van que passava todo dia na Maternidade ás 10h e às 16h para levar as mulheres com os filhos recém-nascidos para casa. Era um serviço barato.”

Ascom

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