Benonias Cardoso.
A assessoria jurídica da coligação Piauí no Coração ingressou nesta terça-feira com uma ação pedindo a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário de Paulo Fernando de Sousa, José Martinho Ferreira de Araújo e Leonel Dias de Araújo, os dois últimos primo e tio do senador e candidato ao Governo do Estado Wellington Dias (PT) que foram flagrados pela Polícia Rodoviária Federal transportando R$ 180 mil debaixo do banco traseiro de um carro na última quinta-feira, em Barreiras, no interior da Bahia
Com a representação, protocolada no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), os advogados de Zé Filho (PMDB) e Silvio Mendes (PSDB) querem saber a origem do dinheiro e se os R$ 180 mil apreendidos têm alguma relação com as eleições. Além de primo de Wellington Dias, José Martinho é seu funcionário no Senado Federal.
“Nós entendemos que a quebra dos sigilos fiscal e bancário é importante na medida em que vai demonstrar que essa quantia não pertencia ao senhor José Martinho. Ele, inclusive, não tinha renda compatível com o montante apreendido. Em relação à quebra de sigilo telefônico, entendemos que precisamos saber com quem o senhor José Martinho conversou nesse intervalo entre o recebimento do dinheiro, já que constam carimbos nos lacres dos dias 5 e 7 de setembro, até o dia da apreensão”, explicou Raimundo Júnior, membro da assessoria jurídica da coligação Piauí no Coração.
Quando foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal, José Martinho afirmou que o dinheiro encontrado no carro pertencia a ele próprio e que seria utilizado na compra de terras no interior piauiense. Mais tarde, porém, em depoimento à Polícia Civil, o funcionário de Wellington Dias optou por se manter em silêncio e não respondeu a questionamentos como a origem do dinheiro e para onde ele estava sendo transportado. As contradições levantaram suspeitas entre os advogados que defendem os interesses da coligação Piauí no Coração.
“Essas diligências vão complementar as investigações e vão demonstrar que, na verdade, se tratava de uma quantia que envolvia as eleições no Piauí e não uma quantia apreendida ao acaso”, finalizou Raimundo Júnior.
Coordenação
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