Dona Cruizinha com Ismael Araújo seu neto.
'LEMBRANÇAS DE MINHA QUERIDA E ETERNA MÃE'.
Não existe palavra mais doce do que mãe. Muito cedo aprendemos a nos colocarmos debaixo da saia da mãe e não sair jamais. Dito popular que perdurará eternamente. Mas quando resolvemos sair de perto da mãe a vida é outra, completamente diferente de tudo que já vivemos. A mãe sabe a hora do peito, do banho, da água, do remédio, da comida, enfim ela é perfeita.
Uma mãe é para cem filhos e cem filhos não são para uma mãe. Outro ditado popular e verdadeiro. Uma mãe cuida da mesma forma de cem filhos e cuida mais ainda do mais necessitado e cem filhos não tem tempo para uma mãe, pois do momento que começamos a anda com nossos próprios pés, a primeira coisa que fazemos é nos afastar de nossas mães, pois elas nos corrigem o tempo inteiro e sempre pedindo para não fazer isso ou aquilo.
A palavra mãe é doce, muito doce mesmo. Tão doce que às vezes é amargo a falta que ele nos faz. A dor que é não ter uma mãe no dia das Mães. Se por um momento pudéssemos voltar no tempo por um mísero minuto que fosse, já nos bastaria o dia das mães. Apenas com uma pequena, mas enorme lembrança e a certeza de sua presença.
Esse é o meu 17º dia das Mães sem mãe. E o mais engraçado de tudo é que me sinto mais perto dela hoje em dia do que todo o tempo, que convivi ao seu lado. Na época ela se preocupava por mim, meus atos, meus cuidados e hoje eu mesmo me cuido e zelo por sua lembrança. Mas ás vezes fico a me perguntar: Mãe será que eu fui um bom filho? Porque ai entra outro ditado popular: Bom filho, bom pai.
E olhando meu passado com meus filhos, a primeira coisa que penso é no bem estar deles e como andam suas vidas. Mais a minha nem sempre importa para eles. Pois um dia também já fui mãe. Podem acreditar já fui pai e mãe ao mesmo tempo. E o mais engraçado é que a mãe sempre se lembra de tudo na vida de seus filhos, e os filhos fazem questão de esquecer algumas lembranças com suas mães. Lembro-me de outro ditado popular: Uma mãe ama seus filhos eternamente, enquanto seus filhos as esquecem.
Todo segundo domingo de maio comemora-se o dia das Mães e a corrida para floriculturas não existe. É uma verdadeira loucura. Encomenda-se maior e mais belo buque ou coroa de flores naturais e ruma-se ao cemitério onde a genitora está descansando. O engraçado às vezes é que ao entrarmos no cemitério vem aquela velha pergunta de sempre. Onde é mesmo que é o tumulo dela? Acho que era bem aqui ou ali. Já ouviram isso, se não é uma pena, pois eu já ouvi por diversas vezes.
A lembrança da mãe é eterna e sua presença também. Pense que dia das Mães não é só no segundo domingo de maio. Dia das Mães é todo dia. Quando tiverem um problema ou uma alegria, não custa nada passar, ficar e falar um pouquinho com ela, mesmo que seja apenas para pedir a “benção”. Não deixem para ir somente no “dia das mães” Não é uma cartilha ou uma ordem e sim um conselho.
A correria é grande, é uma multidão entrando e saindo as pressas, pois hoje é dia de almoça na casa da sogra ou de um amigo mais próximo e com certeza irá ser um dia bem animado, eu acho que deveria ser feriado do dia das Mães, mas deixa para lá. O importante é ir bem cedo ao cemitério enquanto o sol não esquenta deixar as flores, acender uma vela e rezar um Pai Nosso e pronto, minha função como filho já foi feita.
Meus amigos é a pura realidade o que estou escrevendo nessas singelas linhas, fazemos isso como uma obrigação. Não vamos visitar nossas mães por necessidade e sim para mostrar para a sociedade, que somos filhos corretos e ligados por um fio muito grosso de afinidade a nossas genitoras. Pura demagogia de muitos por ai, que vão apenas nesse dia ao cemitério ou a uma missa e se posta na primeira fila de bancos da igreja e escuta o nome da mãe nas intensões da missa.
Ame, diga tudo que tem vontade de falar, abrace bem forte e coloque na sua cabeça que mãe é eterna. O fato de sua ausência em nosso meio não quer dizer nada. Acho que diz que ela é mais presente do que nunca, pois vez ou outra a citamos em conversas do nosso cotidiano. Aproveite sua mãe, gaste, beije-a, diga que a ama muito e de sua importância em sua vida. Pois mesmo depois desses dezessete anos sem minha mãe, sinto sua presença ainda mais forte em minha vida e nesses dezessete anos sem ela, diariamente por algumas vezes ao dia, digo que a amo. E isso não é segredo para quem me conhece, pois em algumas situações algumas pessoas me perguntam onde que tua mãe mora? Eu respondo: Minha mãe? Minha mãe mora na Rua: Tabajara. Minha mãe mora no céu.
MARIVALDO LIMA
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