05/06/2012

Ciência/História/Conhecimento

Redução da população humana foi causada por contaminação com bactérias
Correio Brasiliense
Há aproximadamente 100 mil anos, a quantidade de seres humanos habitando a África teria sofrido uma drástica queda. Por motivos pouco conhecidos, uma súbita e misteriosa redução populacional deixou vivos cerca de 5 mil a 10 mil representantes dos primeiros Homo sapiens. Esse acontecimento foi caracterizado como um efeito de gargalo na evolução humana. Uma equipe internacional e multidisciplinar de pesquisadores, liderada por cientistas da Escola de Medicina de San Diego, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acreditam que doenças infecciosas podem estar entre as razões pela devastação. Segundo eles, uma variação genética teria permitido que apenas poucos humanos conseguissem escapar de destrutivas bactérias patogênicas.

Crânios de alguns dos primeiros Homo sapiens: ausência de genes em alguns indivíduos pode ter garantido a sobrevivência da espécie (Mandelngan/ AFP PHOTO)
Crânios de alguns dos primeiros Homo sapiens: ausência de genes em alguns indivíduos pode ter garantido a sobrevivência da espécie
O estudo foi conduzido a partir de assinaturas moleculares que envolvem certos genes para sustentar a hipótese de que os antecessores dos humanos atuais se depararam com uma ameaça patogênica maciça milênios atrás. Essa suposta “varredura seletiva” teria devastado grande parte da população, poupando apenas indivíduos com as exatas mutações genéticas, caracterizadas pela presença não funcional do gene que se liga à proteína Siglec-17 e a ausência do gene para a Siglec-13, ligadas à modulação das respostas imunes.

Nenhum comentário: