Lei da Ficha Limpa já vale para as eleições deste ano
Folha de S.Paulo
Foto VejaBrasília - O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem tornar válida a Lei da Ficha Limpa, iniciativa popular cujo objetivo principal é barrar a candidatura de políticos condenados pela Justiça.
Com a decisão, a partir deste ano ficam impedidas de disputar a eleição pessoas condenadas por um órgão colegiado, cassadas pela Justiça ou que tenham renunciado para evitar a punição.
Sete ministros votaram pela validade da lei: Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Seis desses sete entenderam que a lei deve ser aplicada inclusive para condenações e renúncias que ocorreram antes de sua promulgação, em junho de 2010.
Só Marco Aurélio votou diferente. Para ele, a lei só poderia atingir fatos ocorridos após sua entrada em vigor.
Os ministros José Antonio Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso votaram contra a principal mudança proposta pela lei --a possibilidade de barrar políticos condenados por órgãos colegiados.
A lei foi aprovada pelo Congresso após obter mais de 1,3 milhão de assinaturas de eleitores. Entre os possíveis atingidos pela legislação está o vereador Arselino Tatto (PT-SP). Ele foi condenado em 1ª instância por improbidade administrativa em 2009.
O julgamento dele em segunda instância ocorrerá em 28 de feveiro e, caso seja condenado, ficará inelegível.
Outro exemplo é o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou em 2005 para escapar de cassação.
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