Rios diz que não voltará para Secretaria e ataca Detran
O parlamentar acusou o órgão de deixar de ser educativo.
O deputado estadual Robert Rios (PCdoB) reafirmou que não voltará para a Secretaria de Segurança Pública e atacou novamente as blitze realizadas pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) no interior do Piauí: "Estão humilhando a população. O órgão deixou de ter caráter educativo para ser policialesco". As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (29).
O parlamentar contou que no último domingo (27) recebeu um telefonema da primeira-dama do município de Piracuruca denunciando as ações. "Ela me contou emocionada que os policiais civis estavam liderando a blitz e que chegaram a disparar armas de fogo nas vias públicas".
Segundo Rios, há denúncias de ações similares em outras cidades do interior do Estado, como Piripiri e José de Freitas. "Falei com o governador [Wilson Martins], ele também está indignado com a situação. Isso humilha a população pobre que é tratada como bandido porque não consegue pagar um documento. É um desvio de conduta, é um absurdo".
O político ressaltou que as ações da Polícia Civil nas blitzen não está resolvendo os problemas de trânsito. "O que a Polícia Civil tem a ver com isso? É um desvio da funcionalidade do órgão e não está resolvendo os casos de acidentes e mortes no trânsito".
Robert Rios aproveitou a entrevista para reafirmar que não voltará à Secretaria de Segurança Pública. "Já fiz minha parte na polícia, agora quero cuidar da saúde".
Eleições 2012
O parlamentar afirmou que o deputado Osmar Jr., um dos nomes cotados pelo PCdoB para a prefeitura de Teresina, está tentando coligações para o próximo período eleitoral. "Ele tem conversado e acredito que está conseguindo juntar aliados necessários para um bom resultado nas eleições municipais". Sobre os outros partidos, Rios brincou: "Quem conseguir juntar mais cabras, terá mais cabritos".
Caso Fernanda
Rios ressaltou que desde o início das investigações da morte da estudante Fernanda Lages acreditou na necessidade da interferência da Polícia Federal de outro Estado.
"Eu sempre achei que esse caso deveria ser apurado pela PF de outro Estado. Agora ela vai investigar do jeito dela, só que pelas proporções que o caso tomou, ela vai chegar num resultado que ou vai ser muito bom para o Ministério Público, ou vai ser muito bom para a Polícia Civil. Só não vai agradar os dois lados", finalizou.
Fonte Cidade Verde.com
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