25/11/2011

INSS

Estresse e depressão no trabalho aumentam auxílio

Folha de S.Paulo

A concessão de auxílio-doença acidentário por depressão e estresse relacionados ao trabalho cresceu 19,6% no primeiro semestre deste ano. O aumento foi quatro vezes maior do que a expansão do total de novos afastamentos do INSS.
Nenhum outro grupo de doença teve um aumento tão grande até junho deste ano.
O auxílio acidentário, que representa 16% do total, inclui os casos em que o perito vê vínculo entre o problema e a atividade do segurado. Quando a ligação não é clara, o afastamento cai na categoria previdenciária.
Mudanças adotadas pelo Ministério da Previdência em 2007 facilitaram o diagnóstico de doenças causadas pelo ambiente de trabalho.
Isso causou aumento nas concessões de benefícios acidentários para todos os tipos de doenças em 2007 e 2008.
Os afastamentos provocados por casos de transtornos mentais e comportamentais, por exemplo, saltaram de apenas 612 em 2006 para 12.818 em 2008. Mas recuaram até 10% em 2010.
Por isso, a explosão deste ano acendeu uma luz amarela no governo.
Segundo Remígio Todeschini, diretor de saúde e segurança ocupacional do Ministério da Previdência, o ritmo de atividade mais intenso acaba exigindo mais dos trabalhadores. "Além disso, o trabalho passou a exigir um envolvimento mental muito grande", diz.
Para especialistas, hoje os trabalhadores têm mais conhecimento sobre as doenças.

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