06/10/2011

MATÉRIA NACIONAL

Polícia tem cinco suspeitos de matar estudante Fernanda Lages, diz Governo

Informação foi dada por delegado à família de Fernanda, diz secretaria. Promotores não participaram de reunião temendo 'politização' do caso.

Imagem reprodução

A Polícia Civil investiga cinco suspeitos pelo assassinato da estudante de direito Fernanda Lages Veras, de 19 anos, encontrada morta em 25 de agosto nas obras da futura sede do Ministério Público Federal de Teresina.

A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança do estado e dada pelo delegado responsável pelo caso, Paulo Nogueira, a familiares da vítima durante uma reunião com o governador do Piauí, Wilson Martins, na noite de quarta-feira (5). Segundo o governo, os suspeitos “possuem material genético mais presente no local do crime”.
Além do delegado, estiveram presentes na reunião representantes das polícias Civil e Federal e do Ministério Público que apuram o caso. O encontro terminou por volta das 21h no Palácio de Karnak, em Teresina, informou a secretaria.

Na tarde de quarta-feira, antes do encontro, o Ministério Público divulgou que a morte de Fernanda se trata de um caso de homicídio doloso (com intenção de matar) e que laudos da perícia apontam que ao menos dois homens estão envolvidos no crime.

De acordo com o MP, a estudante teria sido jogada do 5º andar do prédio da obra, um espaço aberto onde há um mirante e uma mureta de 1,4 metros de altura. O resultado de exames periciais no corpo da estudante mostra que a morte foi consequência da queda, segundo o MP. O DNA de dois homens foi encontrado no local e deve ser analisado.

Em nota, o governador afirmou que o crime será elucidado "doa a quem doer". O secretário estadual de Segurança, Raimundo Leite, informou que, ao todo, foram enviados 19 exames de DNA para testes em laboratórios da Paraíba.

'Politização'


Os promotores do MP Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, que acompanham o caso, não participaram da reunião. Eles foram representados pela procuradora-geral, Zélia Saraiva.

A secretaria de Segurança informou que o promotor de Justiça Eliardo Cabral se negou a comparecer porque alegou que poderia haver uma "politização do caso" e de que "o delegado Paulo Nogueira, que preside o inquérito, teria se desfiliado do PMDB recentemente e que haveria um suspeito relacionado à sigla".

Segundo a assessoria de imprensa do MP, os promotores dizem que os rumos que a investigação tomou estão provocando embates políticos e que podem acarretar um comprometimento do delegado por ele ter sido filiado a tal o partido. Os promotores devem divulgar uma nota ainda nesta quinta-feira sobre o caso.

Em nota, o governador lamentou as declarações do promotor. "O promotor tem o direito de investigar, mas é estranho esse tipo de declaração. Em nenhum momento estão politizando o caso. Essa investigação e este crime estão tendo uma dimensão imensa". O delegado Paulo Nogueira foi mantido no comando das investigações.
Fonte: G1

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