Robert Rios critica Cícero Magalhães e compara Fábio Novo a Collor
Fábio Novo reagiu aos ataques e disse que é hora de "alinhar os ponteiros ou desalinhar de vez.
Em resposta ao pronunciamento do deputado Cícero Magalhães (PT), que anunciou rompimento com o governo Wilson Martins (PSB) nesta quinta-feira (22), o deputado estadual Robert Rios (PCdoB) saiu em defesa da atual gestão estadual. O parlamentar ocupou a tribuna para criticar a decisão do petista e desferiu ataques também contra o presidente do PT no Piauí, deputado Fábio Novo, e ao governo do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Caio Bruno/Alepi
Robert Rios lembrou que Cícero Magalhães era suplente de deputado e assumiu cadeira na casa com a saída de petistas para a equipe de Wilson Martins. O parlamentar classificou como "desculpa malandra" declarações atribuídas ao secretário de Governo, Wilson Brandão (PSB), de que o governo Wellington Dias poderia ter feito muito mais pelo Estado. Para Rios, a intenção de Magalhães era deixar a base governista para se aliar ao prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB).
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"Eu desafio que alguém do PT diga que Wilson Brandão tenha atingido Wellington Dias. (...) Confudir obras estruturuantes com a lâmpada que substitui a lamparina é mediocridade. (...) O PT Nacional abandonou o Piauí desde o gov Wellington Dias. Nunca o PT fez uma graça com o Piauí", disse Robert Rios, afirmando que programa como o Luz Para Todos, que universaliza o fornecimento de energia elétrica, são nacionais. Obras estruturantes específicas, como a duplicação de rodovias, chegaram a outros estados, menos o Piauí, governado pelo mesmo partido do Presidente da República.
"Aqui ninguém vai ter a cara de pau de fazer crítica ao governo Wellington Dias porque seria uma indignidade. É, sem dúvida, o melhor governo que já aconteceu nesse Piauí. Imagine se ele tivesse sido apoiado pelo Lula (...) O PT devia ter a humildade de dizer que para o Piauí não veio nenhuma obra estruturante", acrescentou o comunista.
Na defesa do governo, sobrou até para Fábio Novo, criticado por uma declaração feita momentos antes. "Ele virou o Collor de Melo, 'Fábio Collor de Melo'. "Agora, bateu levou". Maldita frase do governo Collor".
Robert Rios completou que o petista rompeu com o governo do Estado no dia em que deputados do PMDB estavam ausentes por conta do lançamento da pré-candidatura de Marllos Sampaio à prefeitura de Teresina e ainda depois de uma pesquisa que teria chegado até a Casa apontar liderança de Firmino Filho (PSDB) para o pleito de 2012, seguido de perto por Rejane Dias (PT). "Romper no dia que o líder do governo não está na casa é no mínimo um ato de covardia", completou.
Fábio Novo reagiu em seguida. Segundo ele, é hora de "alinhar os ponteiros ou desalinhar de vez. Eu tenho mantido uma postura serena, mas não vou mais aceitar que a imagem do PT seja desconstruída". Sobre a aliança na prefeitura de Teresina, o petista rebateu os comentários de Robert Rios sobre acomodação de aliados. "Isso não tem lógica porque o prefeito Elmano Ferrer foi secretário no Governo de Wellington Dias do PT e o PTB está hoje no Governo de Wilson Martins. Então qual é a estranheza? Não existe nenhuma barganha (...) Existe um projeto que o PT participa e que sempre defendeu que é a regularização fundiária e a defesa dos direitos das mulheres e o prefeito Elmano entendeu isso e é bom que os novos órgãos mostrem trabalho".
Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com
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