Casa Branca diz que regime de Gaddafi está com "dias contados"
Folha de São PauloA Casa Branca previu neste domingo que os dias do ditador Muammar Gaddafi "estão contados", em um momento em que os rebeldes se confrontam com forças leais ao governo pelo controle da capital líbia, Trípoli.
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O presidente Barack Obama recebeu durante suas férias, na ilha turística de Martha Vineyard, um relatório de segurança com apreciações de uma equipe americana que se enconra no reduto rebelde de Benghazi.
"Os Estados Unidos continuam a se comunicar com nossos aliados e parceiros (os rebeldes) do Conselho Nacional de Transição", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Ernest.
"Acreditamos que os dias de Gaddafi estão contados, e que o povo líbio merece um futuro justo, democrático e pacífico", acrescentou.
Os rebeldes líbios iniciaram uma operação na capital para isolar Gaddafi, informou neste domingo o Conselho Nacional de Transição (CNT), enquanto grupos de insurgentes se aproximavam de Trípoli pela região oeste.
Iniciada sábado à noite, a "Operação Sereia" está sendo realizada em coordenação entre o CNT e os soldados rebeldes em torno e dentro de Trípoli", disse o porta-voz Ahmed Jibril, acrescentando que "a Otan também está envolvida".
Tambén neste domingo, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse que o regime de Gaddafi "desmorona", enquanto os rebeldes travavam uma forte batalha para conquistar Trípoli, o último passo para a vitória contra o governo.
"O que estamos vendo é o desmoronamento do regime", disse à AFP a porta-voz da Otan, Oana Lungescu. "O quanto antes Gaddafi se der conta de que não pode vencer, melhor para todos", disse.
A rede de TV Al Jazeera relata que os rebeldes chegaram ao centro de Trípoli, onde ocorrem violentos confrontos com as forças leais a Gaddafi. A informação ainda não foi confirmada.
Rebeldes teriam ainda matado 31 membros das forças leais a Gaddafi e capturado outros 42 durante operação na capital Tripoli neste domingo, segundo a rede de TV Al Jazeera.
Os rebeldes iniciaram neste sábado à noite uma ação para isolar Gaddafi na capital "até conseguir a sua captura ou saída do país", informou o porta-voz do grupo, Ahmed Jibril. Eles chegaram ontem à capital, reduto do regime.
A operação teria a participação do CNT (Conselho Nacional de Transição) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A conquista intensificou a impressão de que o regime de Gaddafi está por um fio. Rumores davam conta de que ele e a família já haviam deixado o país, o que o governo líbio nega.
A Líbia vive uma guerra civil desde fevereiro, quando milhares de pessoas, inspiradas pelas revoluções nos vizinhos Egito e Tunísia, iniciaram uma revolta contra os 41 anos do regime de Gaddafi.
Filippo Monteforte/France Presse | ||
Rebeldes líbios avançam rumo a Trípoli por meio da floresta de Gadayem |
Apesar da pressão, Gaddafi disse neste domingo que sairá vitorioso da batalha de Trípoli, em uma nova mensagem difundida pela televisão nacional.
Gaddafi assegurou que não se renderá nem abandonará Trípoli. Trata-se da segunda mensagem de Gaddafi em menos de 24 horas, enquanto a rebelião assegura que a capital, reduto do regime, cairá nas próximas horas.
A emissora indicou ainda que os bairros dos arredores da capital foram "libertados" e que as forças do regime se retiraram para Bab al Azizia, o "palácio-bunker" de Gaddafi.
Mais cedo, a "Al Jazeera" informou que os aviões da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) teriam bombardeado o quartel-general do ditador, em Trípoli, e o aeroporto de Maitika, também na capital do país.
A emissora anunciou também a prisão do coronel Khituni, considerado um dos principais militares leais ao regime de Gaddafi, além de oito de seus colaboradores.
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