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Dados divulgados pelo Relatório Mundial sobre Drogas, emitido pela ONU, posicionaram o Brasil como o país da América Latina com maior incremento no consumo de maconha: mais de 3 milhões usam a Cannabis Sativa. Para a médica hebeatra Mônica Mulatinho, da Cia do Adolescente & Família, esse número é um importante alerta para uma sociedade que, por vezes, incorre na banalização da droga. "Há uma infinidade de desdobramentos psicossociais com o uso contínuo", enfatiza.
Para a especialista em drogadição, a maconha não é um entorpecente leve. "Ela desconecta o indivíduo da realidade e amplifica os riscos para câncer no pulmão, doenças cardiovasculares, danos ao sistema reprodutor e à memória", elenca. Os problemas não param por aí: estudo publicado pela revista Archives of General Psychiatry destaca que pessoas que fazem uso diário de pelo menos 5 cigarros, por um período igual ou superior a dez anos, apresentam mais sintomas psicóticos e menor capacidade de aprendizado.
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No âmbito social, a médica destaca que a tolerância ao consumo potencializa a criminalidade. "Devemos lembrar que perdemos mais adolescentes para a rede de riscos que permeia o narcotráfico que para a dependência química propriamente dita. O narcotráfico é uma das mais poderosas instituições", ressalta.
Aos pais, ela informa os indicadores de que a droga pode estar presente na vida dos filhos: "eles mudam o círculo de amizades, há queda no rendimento escolar e notória alteração de comportamento em casa". A legalização, de acordo com Dra. Mônica, é solução apenas para os usuários e está longe de ser a saída para os malefícios advindos do consumo.
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