Preso suspeito de vender arma para atirador do Rio
Policiais da DH prenderam um homem de 57 anos suspeito de ter vendido uma das armas usadas por Wellington Menezes de Oliveira
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
O segurança Manuel Louvise (de camisa azul na foto) vendeu um revólver, munições e o equipamento para recarregar as armas rapidamente por R$1200 a atirador
Policiais da Divisão de Homicídios apresentaram na tarde desta quinta-feira (14) o segurança Manuel Freitas Louvise, de 57 anos, acusado de ter vendido o revólver calibre 38 usado por Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. No ataque, Oliveira matou 12 estudantes e deixou outros 12 feridos.
Na última sexta-feira, a polícia prendeu dois homens acusados de terem intermediado a venda do revólver calibre 32, também usado no ataque. O dono dessa arma ainda não foi encontrado.
Louvise confessou ter vendido para Oliveira o revólver calibre 38, que foi encontrado com a numeração raspada. Segundo informações da Polícia Civil, o vendedor era segurança de um abatedouro no qual Oliveira também trabalhou, em 2010.
Indagado se estava arrependido de ter feito a venda, Louvise respondeu: "Eu não matei ninguém. Ele não falou que era para isso (o ataque). Disse que era para defesa pessoal".
A venda ocorreu em setembro do ano passado. Além do revólver, foram vendidas as 60 munições usadas no ataque e o aparelho conhecido como speedloader, para recarregar rapidamente as armas - tudo ao custo de R$ 1.200. "Ele insistiu por dois meses, até me convencer. Aceitei porque precisava do dinheiro para consertar um carro", afirmou.
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IG
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