10/12/2010

ESPECIAL: PORTO DAS BARCAS DE PARNAÍBA-PIAUÍ-BRASIL

A História começa em 21 de Abril de 1724


Edição e imagens: Júnior Catitta

Parnaíba
Por volta de 1669 Leonardo de Sá e alguns companheiros desbravam a região onde hoje está localizada a cidade de Parnaíba e ganham, em virtude do feito, um sesmaria de terra nas margens daquele rio. Em 1758, o português Domingos Dias da Silva inicia o comércio de charque (gado) e através dos navios de sua propriedade fazia a importação e exportação do produto com outros estados do Brasil e com vários países da europa como Portugal e Espanha. O negócio cresceu tanto que o lugar ficou conhecido como "Porto das Barcas". Ao redor do Porto foram construídos diversos armazéns que estocavam as mercadorias importadas e para exportação. A origem e desenvolvimento do Parnaíba está diretamente ligado a esse comércio.




Pelos idos de 1940 acontece a queda da demanda pela cera de carnaúba e do babaçu no mercado internacional, o início da construção da rodovias, levando a decadência o Porto das Barcas. A cidade transformou-se em centro coletor de produtos extrativos vegetais e abriga um leque de modernas indústrias que exploram desde o setor primário até as atividades turísticas.
  


A Parnaíba viveu seus anos de glória com a corrida da carnaúba quando o famoso Porto das Barcas era utilizado para escoar as mercadorias que seriam exportadas e receber as importações. Isso aconteceu há menos de 50 anos quando a cidade era considerada uma das mais importantes do Piauí e utilizar o rio Parnaíba como caminho principal para o escoamento da produção, advinda de outros municípios. 
Espaço com venda de artesanato, onde vivia os escravos 


A criação de gado é atividade fundamental já no litoral reinam as atividades pesqueiras. Hoje Parnaíba é a maior cidade da região deltáica e considerada o centro receptor e difusor do desenvolvimento da região. Possui uma infra-estrutura urbana com hospitais, escolas, campus da UFPI (Universidade Federal do Piauí), UESPI (Universidade Estadual do Piauí), comércio, e uma rede hoteleira. Outras cidades, como Luís Correia – Cajueiro da Praia - Buriti dos Lopes - Chaval (Ceará) que tem sobrevivido das atividades turísticas, Araioses e Tutóia dependem da infra-estrutura já implantada em Parnaíba.
 Espaço para lazer no Terminal

 Corredores em forma de labirintos
Cabana de pedra - predominando à arquitetura rústica do Porto das Barcas


Paredes construídas pelos escravos através da força bruta


O Cenário que lembra a Europa
 Ruínas do Portos das Barcas em Parnaíba - são datadas do século 18 
Recuperadas e conservadas pelo povo litorâneo - que buscaram suas origens através da cultura milenar.  
O Visual é deslumbrante e exótico
 Ponte que liga a Ilha do Delta -anexo ao Terminal do Porto das Barcas, e que leva o nome do criador da cidade, o coronel da cavalaria Símplicio Dias da Silva. 
 Barco rústico para atravessia do Rio Parnaíba, dos milhares que existem na região
 Lago do Simplição - dentro do Porto das Barcas

 Rio Igaraçu
 Ponte Rústica. 


Como chegar em Parnaíba - A cidade fica localizada a 320 km da capital - Teresina. Lá possui um aeroporto internacional com linhas aéreas da TAM - GOL e outras. É possível chegar em Parnaíba através de locadoras de carros (com box no aeroporto) ou por ônibus da empresa Guanabara - que faz a rota saindo de Teresina de duas em duas horas - com destino a Parnaíba. O Porto das Barcas está situado no centro da cidade, sendo referência no turismo da região. 


ONDE FICAR:



Pousada Porto das Barcas com diárias a partir de U$ 20 (doláres)


Fonte texto: História Ilha do Cajú
Imagens e edição: PC

3 comentários:

maria disse...

Muita boa a matéria!!!

lucilene aguiar disse...

Adorei esta reportagem! Sou apaixonada por Parnaíba.
Lucilene Aguiar, 13/12/2010

Pequenos Grupos uma foça gigante disse...

Visitando Parnaíba fui cortar o cabelo em um lugar simples no bairro N.S.de Fátima, próximo ao mercado. O barbeiro, bom de conversa não deixou o momento monótomo e falamos muito do tempo em que fomos militares. Ele no Tiro de Guerra em PNA e eu no BEC em Teresina. No espelho havia um adesivo do Portal do Catita. Ali mesmo resolvi que ao chegar de volta à minha cidade eu iria visitar o Portal. Para minha surpresa encontrei um trabalho legal que me mostrou muito sobre PNA e sua parte histórica, como o Porto das Barcas que visitei lá o seu artesanato. Pretendo um dia me hospedar numa pousada que vi lá e fazer um passeio pelo Delta, na baixa temporada, é claro. Na alta vai sair salgado pois somos cinco e só viajamos juntos. Prezado Catita seu trabalho é maravilhoso. Quem sabe um dia a gente se conhece pessoalmente. Mas desde já saiba que adorei você me proporcionar uma viagem co suas inforções.