Revitalização ameaça rotina de moradores da "cidade dos mortos" no Cairo
FRANCISCO CARRIÓN
DA EFE, NO CAIRO (EGITO)
Na cidade mais povoada da África, dezenas de milhares de cairotas vivem entre os túmulos de um cemitério, conhecido como "cidade dos mortos", que o governo egípcio quer transformar em um parque. DA EFE, NO CAIRO (EGITO)
Aos pés da montanha de Muqatam, no sul de Cairo, Al Qarafa é um enorme cemitério coberto por mausoléus de membros da dinastia ayubí (1171-1260) e de sultãos mamelucos (1260-1517), entre outros.
Há décadas, os cadáveres com ou sem linhagem convivem com novos moradores como Baala Ali, uma amável senhora de 70 anos que há mais de meio século ocupa um lugar no cemitério.
Francisco Carrión/Efe | ||
Revitalização muda a rotina dos moradores da cidade dos mortos, casas organizadas em meio a túmulos novos e antigos |
"Estou muito feliz de viver aqui porque estou perto dos túmulos dos meus pais", relatou Baala à agência de notícias Efe, rodeada por suas netas e sentada entre sepulturas no pátio dos fundos de sua casa.
A vizinhança entre mortos e vivos que transformou o cemitério em uma cidade recheada de lojas, mercados, cafés e oficinas, está ameaçada por um projeto das autoridades egípcias, interessadas em revitalizar a cara da cidade e acabar com a asfixiante ausência de zonas verdes.
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário