Acusado de matar jovens em GO se enforcou com tiras de um colchão, diz polícia
da Agência Folha
O Ministério Público de Goiás anunciou que vai investigar as circunstâncias da morte do pedreiro Ademar Jesus da Silva, que disse ter matado seis jovens em Luziânia e foi encontrado morto na cela onde estava isolado em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele se enforcou com tiras arrancadas do forro de um colchão. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, pediu que três promotores participem da investigação. Silva, 40, estava preso desde o último dia 10. A Polícia Civil de Goiás diz que tomou precauções para evitar o suicídio e que o colchão deixado na cela era o "material mínimo" que o preso possuí
Segundo a Polícia Civil, o pedreiro oferecia dinheiro para que os jovens, que tinham de 13 a 19 anos, o ajudassem no transporte de materiais de construção. Em um matagal, os rapazes eram mortos com golpes na cabeça. Os corpos ainda não foram identificados.
A morte do pedreiro reacende a discussão sobre a fragilidade do sistema carcerário brasileiro, na opinião do presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, "seja por suicídio, seja por homicídio".
Em nota divulgada na tarde deste domingo, ele afirmou que o sistema é "falho e desumano", o que "acaba estimulando o crime ao invés de proporcionar a recuperação do apenado".

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